Mudanças entre as edições de "Redes Sociais Online"

De WikiCI
Ir para navegaçãoIr para pesquisar
Linha 17: Linha 17:
 
A forma de representação mais comum para visualizar relacionamentos sociais dos referenciados é denominada como grafo social ou sociograma. Ela tem origem nos estudos de sociometria, precursores no processo de explicitação das relações sociais entre indivíduos em visualizações. As regras do sociograma estão baseadas nas regras estabelecidas na Teoria dos Grafos: estudo com origem na Matemática sobre conjuntos formados por objetos (vértices ou nós) e as relações dos objetos com o conjunto (arestas, ligações ou vetores).<ref name=ref1/>
 
A forma de representação mais comum para visualizar relacionamentos sociais dos referenciados é denominada como grafo social ou sociograma. Ela tem origem nos estudos de sociometria, precursores no processo de explicitação das relações sociais entre indivíduos em visualizações. As regras do sociograma estão baseadas nas regras estabelecidas na Teoria dos Grafos: estudo com origem na Matemática sobre conjuntos formados por objetos (vértices ou nós) e as relações dos objetos com o conjunto (arestas, ligações ou vetores).<ref name=ref1/>
  
[[Imagem:Sociograma.png|frame|Exemplo de Sociograma de relacionamentos de referenciados em formato de diagrama isométrico |alt=Exemplo de Sociograma de relacionamentos de referenciados em formato de diagrama isométrico]]
+
[[Imagem:Sociograma.png|frame|none|Exemplo de Sociograma de relacionamentos de referenciados em formato de diagrama isométrico |alt=Exemplo de Sociograma de relacionamentos de referenciados em formato de diagrama isométrico]]
  
 
As formas geométricas circulares podem representar os referenciados em uma rede (vértices). O formato, o tamanho ou a coloração do vértice podem ser modificados na representação para, por exemplo, identificar padrões (como agrupamentos - clusters ou subgrupos) ou na aplicação de categorização, além de incluir o uso de rótulos para designar informações sobre cada vértice, como o seu nome ou o seu código identificador.<ref name=ref1/>
 
As formas geométricas circulares podem representar os referenciados em uma rede (vértices). O formato, o tamanho ou a coloração do vértice podem ser modificados na representação para, por exemplo, identificar padrões (como agrupamentos - clusters ou subgrupos) ou na aplicação de categorização, além de incluir o uso de rótulos para designar informações sobre cada vértice, como o seu nome ou o seu código identificador.<ref name=ref1/>

Edição das 16h43min de 2 de dezembro de 2020

As Redes Sociais Online (RSO), também conhecidas popularmente como Redes Sociais ou Mídias Sociais, possuem um conjunto de serviços para auxiliarem os processos de comunicação e de inter-relacionamento de pessoas e de instituições participantes, elaboradas e mantidas por uma ou mais instituições, onde é disponibilizado acesso por meio de ferramentas em web sites ou por aplicativos e oferece acesso a parte dos dados armazenados de seus participantes para coleta por agentes externos.[1]

Portanto, as RSO são instituições que oferecem serviços para usuários se comunicarem por meio de aplicativos, web sites e outros serviços online. Entende-se que as RSO oferecem um ou mais Serviços de Redes Sociais Online (SRSO), que são sistemas de informação com capacidade de identificação e distinção dos conjuntos de dados de cada participante da rede, incluindo dados relacionados aos seus atributos, as suas características e as suas relações com outros usuários e com demais conteúdos multimídia. Estes dados de usuários são formados pelo conjunto de dados e de metadados sobre o indivíduo, e sobre os seus relacionamentos com conteúdos e demais indivíduos.[1]

Os conjuntos de dados de usuários possuem atributos que garantem a unicidade de cada indivíduo, denominados como identificadores, que são atributos referenciáveis dos indivíduos nos variados recursos multimídias disponíveis. Portanto, os dados de usuários sempre está relacionado com algum tipo de identificador: um documento de identidade na rede, de numeração única e intransferível – e ao identificar-se, a instituição proprietária da RSO tem acesso aos conjuntos de dados com potencialde identificação deste usuário em outros domínios, como a data e hora de acesso; a geolocalização em um sistema de posicionamento global; o número de Internet Protocol (IP); dados sobre a rede; idiomas; entre outros.[1]

O Referenciado

Apesar de parte dos cidadãos entenderem que não possuem dados nos SRSO que não participam, eles são passíveis de possuírem dados pessoais nestes serviços. Este paradoxo está relacionado com a capacidade das RSO em processarem os dados armazenados, tais como a identificação de faces nas fotografias, que podem identificar cidadãos que não utilizam os SRSO mas que aparecem em segundo plano nas fotografias de outros usuários.[1]

Nesse sentido, entende-se como apropriado o uso do termo referenciado para descrever este novo tipo de usuário, que pode ou não ser usuário do SRSO, que se relaciona com dados, tecnologias e sistemas de informação da rede social online, com potencial possibilidade de distinção de um referenciado dos demais, e a identificação de seus atributos em um ou mais domínios pelos códigos identificadores ou pelos dados do referenciado com potencial de identificação.[1]

Formas de Representação Visual das Relações entre Referenciados

A forma de representação mais comum para visualizar relacionamentos sociais dos referenciados é denominada como grafo social ou sociograma. Ela tem origem nos estudos de sociometria, precursores no processo de explicitação das relações sociais entre indivíduos em visualizações. As regras do sociograma estão baseadas nas regras estabelecidas na Teoria dos Grafos: estudo com origem na Matemática sobre conjuntos formados por objetos (vértices ou nós) e as relações dos objetos com o conjunto (arestas, ligações ou vetores).[1]

Exemplo de Sociograma de relacionamentos de referenciados em formato de diagrama isométrico
Exemplo de Sociograma de relacionamentos de referenciados em formato de diagrama isométrico

As formas geométricas circulares podem representar os referenciados em uma rede (vértices). O formato, o tamanho ou a coloração do vértice podem ser modificados na representação para, por exemplo, identificar padrões (como agrupamentos - clusters ou subgrupos) ou na aplicação de categorização, além de incluir o uso de rótulos para designar informações sobre cada vértice, como o seu nome ou o seu código identificador.[1]

As ligações entre vértices são explicitadas na forma de vetores retos, curvados ou angulados, denominadas como arestas. As arestas possuem início e término nas bordas de dois vértices distintos, onde cada ligação representa um vínculo entre dois referenciados e não há limites mínimos ou máximos estabelecidos para restringir a quantidade de vínculos entre referenciados.[1]

A Coleta de Dados de Referenciados

A coleta de dados de referenciados nos bancos de dados dos SRSO de forma direta não é uma prática recorrente, pois podem ser potenciais canais passíveis de coletas de dados dos referenciados não autorizadas. Ou seja, os agentes externos - aqueles agentes que irão coletar parte dos dados dos referenciados e não atuam diretamente na RSO, não possui acesso direto aos dados dos referenciados.[1]

O que é comum nos SRSO é que os processos de coleta de dados ofereçam restrições de acesso e determinem quais conjuntos de dados estarão disponíveis. Portanto, as RSO oferecem aos agentes externos processos de coleta de dados baseados em uma camada de abstração mais alta (camada de visão): um banco de dados com uma seleção predefinida de dados dos referenciados.[1]

Exemplo de coleta de dados de um aplicativo via API, com o uso de visões
Exemplo de coleta de dados de um aplicativo via API, com o uso de visões[2]

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 RODRIGUES, Fernando de Assis; SANT’ANA, Ricardo César Gonçalves. Contextualização de conceitos teóricos no processo de coleta de dados de Redes Sociais Online. Informação & Tecnologia, v. 5, n. 1, p. 18–36, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.22478/ufpb.2358-3908.2018v5n1.38077>. Acesso em: 19 jul. 2019.
  2. RODRIGUES, Fernando de Assis. Coleta de dados em redes sociais: privacidade de dados pessoais no acesso via Application Programming Interface. Dissertation, Universidade Estadual Paulista, Marília, Brazil, 2017. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/149768>. Acesso em: 20 mar. 2017.